Aquele sentimento que muitas pessoas têm no final do ano de refletir e fazer um “balanço” do que foi realizado e conquistado, e ainda, o que gostaria de alcançar no ano seguinte; deve ser mantido em vários momentos da vida pessoal e profissional.
Principalmente dos profissionais do âmbito educacional. Pois repensar as práticas demonstra consciência da responsabilidade social que temos.
Assim como as crianças se observam, se projetam, traçam caminhos para conseguir o que almejam, arriscam, caem, levantam e pensam alternativas; é preciso que os educadores correspondam a essas nobres habilidades.
É hora de recalcular, avaliar e reavaliar… O processo de refletir sobre ação pedagógica não é só importante, é fundamental.
O discurso da concepção e defesa da criança como sujeito ativo, do momento presente – e não somente do futuro – da criança como parte da história e cultura; é muito difundido. Todavia, respeitar esse posicionamento implica em repensar a prática. São as ações educativas-reflexivas que movem as barreiras profissionais que carregamos.
Como os professores favorecerão a construção de conhecimentos se não forem desafiados a construírem os seus? Como podem os professores se tornar construtores de conhecimentos quando são reduzidos a executores de propostas e projetos de cuja elaboração não participaram e que são chamados apenas a implantar? (KRAMER, 1997, p. 23)
Somos seres pensantes! Nossas atividades, nossos planejamentos, nossas avaliações e autoavaliações, devem estar a todo vapor. O que foi bom? O que podemos melhorar? Em que posso contribuir?
Saber reconhecer o que já foi e estar disponível para o que ainda virá. Disponível no sentido de estar aberto e receptivo para “recalcular rota” se necessário, mudar direções e ter a grandeza de aprender o que não se sabe.
O trabalho com crianças requer nossa flexibilidade e capacidade de estar sempre em movimento. Elaborando e reelaborando conhecimentos, revendo conceitos.
Cabe ressaltar que, as reflexões e reconsiderações não acontecem conforme calendário e prazo marcado. Não acontecem apenas nas reuniões de professores, ou nas datas de planejamentos. Elas ocorrem concomitantemente com as práticas, no cotidiano escolar. É a ação-reflexão-ação em um movimento contínuo e inseparável.
Vamos olhar de perto… Fazer diferente… Vamos repensar…
REFERÊNCIA:
KRAMER, Sônia. Propostas pedagógicas ou curriculares: subsídios para uma leitura crítica. Revista Educação & Sociedade. 1997
Por: Ana Cecília S. C. Santana
Coordenadora pedagógica
Unidade Brainfarma