A Uniepre é Membro da Rede Pikler São Paulo e esteve presente em dois momentos importantes no mês de agosto com todos os profissionais que compõem essa rede, que tem como principal objetivo proporcionar espaço e tempo para compartilhar saberes e estudos sobre a abordagem Emmi Pikler no trabalho com a Primeiríssima Infância.
No dia 30/08 aconteceu um encontro no Hotel Universe Planet com membros da Rede Pikler para discutir com Àgnéz Szanto Feder e Myrtha Chokler o evento que ocorrerá em 2017 aqui na cidade de São Paulo, com o intuito de aprofundar as ideias da médica húngara Emmi Pikler.
Myrtha trouxe uma narrativa significativa sobre a necessidade de criar e cultivar o trabalho em grupo sem medo de compartilhar, insistindo na ideia de criar espaços e lugares de confiança. Myrtha colocou: “É necessário reconhecer o profundo valor na palavra do colega”.
Entre momentos de aprendizagens com Agnés e Myrtha e discussões sobre o grande evento para 2017, o encontro deixou novas discussões, reflexões e ações para a organização do VII Aprofundamento sobre a Abordagem Pikler.
No dia seguinte, 31/08, pudemos ouvir mais um pouco dos saberes trazidos nas falas de Àgnéz Szanto Feder e Myrtha Chokler no Encontro Internacional sobre a Abordagem Pilker em São Paulo, que aconteceu no Museu de Arte Moderna.
Àgnéz trouxe a questão do movimento livre, e trabalhou o tema respondendo a três questões:
- É preciso ensinar motricidade à criança?
- Será que se ensinarmos motricidade à criança ela aprende mais rápido?
- Será que a criança não precisa perceber que o adulto a ama quando a ensina?
Uma reflexão foi abordada nas três respostas: A importância do adulto se alegrar com a felicidade da criança mediante suas conquistas e não a criança realizar algo para agradar o adulto.
Myrtha abordou a compreensão da atividade autônoma no jogo. A partir de imagens e fotos, trouxe importantes discussões sobre como a criança explora e brinca, diferenciando esses dois conceitos, bem como muitas outras questões relacionadas ao desenvolvimento motor, como o afetivo, o emocional e o cognitivo envolvidos no momento da exploração e do brincar.
O papel do adulto é de extrema importância não em ensinar, mas em possibilitar espaço, tempo e materiais para que as crianças possam explorar e brincar, sendo a observação e a intervenção do adulto determinante para o êxito do trabalho. É necessário compreender e acreditar que “Toda criança no mundo joga como respira. Da mesma forma que não se ensina a respirar, não se ensina a brincar”, palavras de Myrtha Chokler.
Por Patrícia Bignardi
Coordenadora do Núcleo Pedagógico Uniepre