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Neste último sábado, dia 11 de março, a UNIEPRE teve a oportunidade de receber novamente Leila Oliveira Costa, professora universitária, especialista em educação de 0 – 3 anos. Mais um grupo de 40 profissionais da UNIEPRE, sendo professoras, auxiliares e coordenadoras pedagógicas, participou desse encontro que proporcionou reflexões e direcionamentos a respeito dos trabalhos desenvolvidos com os bebês que atendemos em nossas unidades.
Para melhor compreender o que organiza e favorece o desenvolvimento motor, é interessante pensar sobre o conceito de desenvolvimento. Na abordagem em questão, elaborada pela médica húngara Emmi Pikler, o desenvolvimento nunca ocorre sozinho, exige uma organização de funções biológicas e psicossociais, o que possibilita a aquisição de competências necessárias para a construção de atitudes autônomas. E, para que aconteçam, é necessário espaço para a construção da identidade, que está intimamente relacionada à imagem corporal. Quando nasce, o bebê é desintegrado, e, é no processo de desenvolvimento da identidade (pensar, fazer e agir unificado) e da compreensão de como o corpo funciona (imagem corporal), que a criança se integra e se torna capaz de se desenvolver.
A identidade e a imagem corporal encontram tempo e espaço para se desenvolver no bebê que recebeu investimento do sentimento de apego, e que não encontrou impedimento para realizar ações de exploração e de pesquisa; ou seja, o bebê encontrou alguém que olhou para ele e ele olhou para esse outro, estabelecendo uma relação de reciprocidade, assim como não foi impossibilitado de explorar materiais e descobrir seu próprio corpo a partir da motricidade livre e do brincar.
Uma vez compreendido que o desenvolvimento motor está ligado ao psicossocial, é possível estabelecer que os organizadores do desenvolvimento motor são:
- Vínculo de apego – Traz segurança para o bebê, através da autonomia emocional.
- Comunicação Verbal – Diálogo verdadeiro e significativo, o que possibilita o sentimento de pertencer.
- Exploração – É necessário tirar todos os impeditivos que possam “fechar o corpo do bebê”.
- Seguridade Postural – O bebê precisa ficar na posição ou deslocamento que melhor traga tranqüilidade e conforto para ele.
- Ordem simbólica – Tudo que o outro pensa o bebê sente.
Por Patricia Bignardi
Coordenadora Pedagógica Uniepre
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