“Não podemos esquecer que são nos pequenos gestos do cotidiano que
se traçam as bases do desenvolvimento futuro.”
Sylvia Nabinger
O tipo de sujeito que se deseja construir depende fundamentalmente das escolhas éticas e epistemológicas que embasam o trabalho junto ao bebê. Por este motivo, as ações pedagógicas devem ser fundamentadas a partir das escolhas dos teóricos e dos pensadores da educação na primeiríssima infância, que favoreçam a construção de um trabalho coerente com os princípios e os valores da escola.
A UNIEPRE dialoga de forma muito especial com as ideias de Emmi Pikler, médica Húngara que elaborou uma abordagem com muitos detalhes que devem evolver as relações das educadoras com os bebês.
Essa abordagem traz alguns princípios: motricidade livre, vínculo afetivo, brincar e autonomia.
O movimento livre propicia a autonomiae o brincar. Não se trata somente de deixar a criança brincar livremente e, sim, da atitude do adulto,dos espaços e dos materiais oferecidos para as crianças. Essa abordagem foi pioneira na defesa do movimento livre do bebê.
A crença principal é que não se ensina motricidade, o desenvolvimento motor se dá a partir do processo de maturação e das experiências que o bebê realiza para formar sistemas de equilíbrio. Quando a criança conquista uma posição com o corpo (sentar, ficar em pé) ou um movimento (rolar, engatinhar, andar, subir, descer) por ele mesmo, através de ações exploratórias, ela desenvolve o sentimento de competência.
Outra questão bastante defendida nas ideias de Pikler se refere àspalavras gentis nos cuidados cotidianos com os bebês, pois são essas situações que os levam a uma experiência de serem aceitos, entendidos e compreendidos. O mais importante é como a educadora está com a criança e como satisfaz suas necessidades. O cuidado é o que proporciona o encontro, que possibilita o entendimento do outro que a toca e que a entende.
Por: PatriciaBignardi – Coordenadora do Núcleo Pedagógico Uniepre
Fotos: Regina Rufino – Gerente Pedagógica Uniepre