A partir do momento que nascemos buscamos nos comunicar com as pessoas que convivemos, sendo o ato de comunicar um processo natural de todo ser humano. Mesmo assim, a competência lingüística de compreender a fala do outro e se fazer compreender em um contexto, exige experiências significativas de escuta e de fala.
A criança mesmo antes de utilizar a fala como forma de expressão, busca comunicar-se através de sinais e da linguagem corporal.
Tenta descobrir os sentidos das enunciações e procura utilizá-los em diferentes situações. A criança ao falar com maior precisão, faz a linguagem oral ocupar lugar privilegiado nas interações que estabelece.
A criança aprende a verbalizar através da apropriação da fala do outro. Por esse motivo, o adulto precisa estabelecer uma comunicação adequada, sem infantilizar as expressões verbais ou mesmo nomear objetos e seres erroneamente. Na maioria das vezes, o adulto tem essa postura por acreditar que está facilitando a compreensão da criança. Porém o que possibilita um bom desenvolvimento da linguagem oral é a comunicação correta de palavras e frases, pois a criança elabora experiências com os sons e com as palavras em diferentes situações comunicativas conforme os modelos de linguagem oral que vivencia. As conversas nos momentos de banho, de alimentação e outros são exemplos de situações que favorecem o desenvolvimento da linguagem. O adulto também deve ajudar a criança a se expressar, apresentando-lhe diversas formas de comunicar o que deseja e o que sente. Ouvir atentamente a criança para compreender sua fala e fazer perguntas para checar se entendeu mesmo o que ela quis dizer, ajudará na continuidade da conversa.
Por Patrícia Bignardi
Coordenadora do Núcleo Pedagógico Uniepre