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Enquanto, ainda, não verbaliza os seus sentimentos, é comum a criança recorrer a atitudes nem sempre aceitáveis e agradáveis, como por exemplo, morder para expressar a sua insatisfação ou até mesmo o desejo de conhecer por meio da experimentação real.

Sendo assim, por não saberem se expressar verbalmente com desenvoltura, as crianças acabam recorrendo a empurrões, puxões de cabelo e principalmente a mordidas!

Muitas vezes a fase da mordida coincide com a entrada na escola ou com a chegada de um irmãozinho. Em ambos os casos, a situação de ter que  compartilhar brinquedos, atenção e o espaço com outra criança,  pode ser demais para quem estava acostumado, até então, a ser alvo de todos os olhares e a ter seus desejos imediatamente atendidos. A criança pode reagir a esse tipo de  conflito com mordidas no braço, na mão e até mesmo no rosto do amiguinho ou irmão.

Em alguns casos, esse comportamento pode acontecer com o aparecimento dos dentes. Não costuma ser estranho, porque o primeiro contato do bebê com o mundo é oral, levando à boca para morder tudo o que encontra. É assim que ele  identifica os objetos, experimentando sua textura, forma, tamanho e peso.

Mas, existem outros fatores que, também, podem fazer com que a criança reaja por meio de mordidas. Situações familiares de conflitos: brigas em casa, rejeição, tentativas de chamar atenção dos adultos, carência afetiva, disputa de brinquedos, espaço reduzido para brincar, desrespeito ao sono da criança – também são desencadeadores desse tipo de comportamento infantil.

Os pais das crianças com este tipo de comportamento devem evitar as brincadeiras que expressem carinho mostrando os dentes e fingindo morder. Os filhos imitam a brincadeira, porque é prazerosa, e acabam transferindo para os colegas o que aprendeu. Porém, elas não sabem fingir a mordida e provocam marcas e dor.

Nas escolas infantis, consideramos ser importante que a criança não seja rotulada como mordedora, nem ter o seu comportamento exposto em público. É necessário dizer para a criança que ela não pode fazer isso, porque dói e machuca.

É importante sabermos que as mordidas deixarão de existir conforme o desenvolvimento da linguagem, na maioria das vezes, a partir dos dois anos de idade. Cada criança é diferente da outra, e vive uma realidade distinta, que precisa ser analisada em conjunto pelos pais e professores. A resposta para tal circunstância é dar atenção, carinho e amor, pois o seu desenvolvimento emocional depende disso.

Por Equipe UNIEPRE
www.uniepre.com.br

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