Em primeiro lugar, brincar com quebra cabeças, como com os demais jogos, tem um valor imediato que é o exercício do prazer, a conexão com o estado de bem estar, que é próprio das brincadeiras.
Esta é a dimensão IMANENTE do jogo. Em segundo lugar, por trabalhar a capacidade de percepção e de raciocínio, o ato de montar quebra-cabeças promove nas crianças certa aptidão para resolução de problemas, uma vez que a regra implícita deste jogo, estabelece uma relação de INTERDEPENDÊNCIA entre parte e parte, e entre parte e todo.
Enquanto os pequenos montam as figuras, eles vão identificando sinais nas pequenas peças que codificam um tipo de relação, abstrata, entre as peças.
Para isso as crianças testam a validade dos critérios (ocupação do espaço, encaixe, formas); os pequenos arriscam e avaliam, identificando o que resulta errado, e o que podem fazer para corrigir; abstraem o que dá certo.
Eis o caráter TRANSCENDENTE dos jogos, que ensinam à criança algo sobre como o mundo funciona: a relação de interdependência que nos rege.