A escolha do berçário ou da escola de Educação Infantil está longe de ser uma decisão fácil para as famílias. Afinal, você terá que deixar seu filho pequeno sob os cuidados de “profissionais estranhos”.
As dúvidas são inúmeras; então, comece com uma dica… Eleja o que é mais importante para você e para a sua família, porque mesmo que você encontre um lugar ótimo, ele não será perfeito e provavelmente não atenderá 100% das suas expectativas.
No momento das visitas tenha o “coração aberto”, e siga sua intuição, já que precisará sentir confiança para ter tranquilidade. Além de todos os aspectos a serem avaliados, é necessário que seja um lugar onde a criança seja bem cuidada e se sinta feliz.
Estabeleça prioridades… A escolha do berçário, ou da escola de Educação Infantil deve estar diretamente ligada às crenças e aos valores da sua família. Não faz sentido escolher uma instituição que acredita que as crianças devam seguir apostilas adotadas pela escola, desde muito pequenas, sentadas em cadeirinhas, preenchendo atividades prontas, quando a família acredita que a infância é única e, por isso, deve ser vivida na sua plenitude, através de atividades lúdicas e prazerosas para a criança, as quais respeitem seu tempo de viver a infância. Além disso, a Educação Infantil padronizadora está cada vez mais obsoleta: o mercado de trabalho não busca mais profissionais de mão de obra mediada, mas sim pessoas com habilidades especiais. Logo, se você acredita que a escola de Educação Infantil, fase de maior desenvolvimento das potencialidades humanas, deva explorar as habilidades individuais do seu filho, a melhor metodologia precisa ser personalizada.
Crianças que tenham prazer pela leitura, que sejam felizes, que consigam estabelecer boas relações com os coleguinhas, e que apreciem o fazer artístico são cheias de energia e disposição e é triste que muitas vezes tenham que ir obrigadas e chorando para a escola. Na minha época de escola lembro muito pouco dos conteúdos, mas o que de verdade tenho ótimas recordações são dos meus amigos, das brincadeiras favoritas, e de raros professores que se destacavam pelo carinho e pelo carisma. O professor bom é aquele que marca presença, que não está só de corpo na sala de aula, mas principalmente de alma, que olha nos olhos das crianças, que abaixa e fica na altura da criança e verdadeiramente se interessa pelo o que a criança está dizendo. O resto não tem significado, é ilusão e expectativas que, muitas vezes, a sociedade estipula para nós pais, como escola perfeita, mas que de nada servirão para nossos filhos.
Uma dica importante é que muitos berçários e escolas de Educação Infantil marcam horário para visitas. O ideal é que você possa chegar sem que esteja agendado um horário para ver como é o funcionamento normal. Assim, dê um ponto a mais para essas instituições que permitam sua entrada sem agendamento.
Os demais critérios, como:
Você saberá escolher.
Como disse no início do texto, as questões são inúmeras, mas o que determinará, sem sombra de dúvida, será a segurança que a família sentirá, considerando que nessa fase escolar, que atende a crianças de zero a seis anos, a primeira infância, é um período muito rico para o desenvolvimento humano. A cada nova experiência que as crianças vivenciam no ambiente infantil traz uma série de descobertas diárias. Como já sabemos, através de estudos da ciência, a arquitetura do cérebro se forma nos primeiros anos de vida. É por isso que o trabalho educacional realizado nesta etapa é extremamente significativo e ajuda a definir o futuro desenvolvimento dos pequenos. No espaço escolar, as crianças ganham habilidades, valores, conhecimentos, sensibilidade, capacidade de percepção e de relacionamento humano.
Por: Flávia Vasconcellos
Diretora Pedagógica – UNIEPRE
www.escolauniepre.com.br