Pelo movimento a criança conhece mais sobre si, as suas possibilidades, os seus limites de ação, experimenta formas variadas de se relacionar e, principalmente, de se constituir como sujeito. Acreditamos que a criança se constitui a partir da relação que ela estabelece com o meio, e o movimento coporal é a linguagem utilizada pelos pequenos que favorece o desenvolvimento saudável.
De início, desde a vida intrauterina, pouco a pouco os bebês vão passando por experiências nas quais o mover-se está presente. Mexe as mãoszinhas, os pés, o dorso do corpo e por aí vai, explorando cada vez mais as sensações do movimento!
Quando nasce, durante o primeiro mês de vida, movimenta-se muito, de forma desordenada, por meio de reflexos involuntários! Ao completar três meses, o movimento com as mãos ficam ainda mais evidentes! É capaz de pegar objetos moles, leva-os à boca, sua coluna apresenta-se mais ereta, consegue erguer o tronco, esticar os bracinhos e movimentar a cabeça.
Do quarto ao sexto mês, os bebês apresentam movimentos muito mais compexos, giram o dorso jogando para o lado o quadril, as perninhas e depois o corpo todo! Demonstram muita agilidade em suas pernas e braços, seus movimentos são ritmados e voluntários! Tudo isso é importante, pois, nesse período do desenvolvimento dos bebês, por meio do movimento, as conexões neurais estão a todo vapor! E elas são fundamentais para ativar e potencializar as sinapses.
Dessa maneira, quanto mais livres para se movimentar e, quanto mais puderem explorar os objetos, o bebê e a criança pequena terão oportunidades de, por meio dessas experiências, construir novos conhecimentos, reconhecer as suas propriedades, e utilizar diferentes formas de compreender e estabelecer relações com o mundo.
Por: Mônica Gimenes
Gerente de Unidade
Espaço Criança Eurofarma – Campo Belo